7° Encontro de Lideranças dos Corretores de Seguros recebe Susep para falar sobre desafios na distribuição
O Sincor-SP realizou, no dia 28 de fevereiro, o 7º Encontro de Lideranças dos Corretores de Seguros, um espaço reservado para os líderes das entidades representativas do setor discutirem estratégias e situações que promovam melhorias no dia a dia da categoria.
O ponto alto foi a participação do diretor Técnico da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Carlos Queiroz. Em um bate-papo com o presidente do Sincor-SP, Boris Ber, Queiroz apresentou as iniciativas da autarquia e ouviu os corretores sobre os principais desafios na oferta dos produtos ao consumidor.
“Nosso mercado tem crescido e possui potencial para crescer mais. A Síntese Mensal observa que o mercado cresceu mais de 9% no ano de 2023, período em que devolveu à sociedade mais de R$ 220 bilhões em indenizações, resgates e sorteios. Isso é um reforço imenso para a economia, é o cumprimento do papel social do mercado”, declarou.
O convidado também abordou o Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros (PMDS) encabeçado pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) e que tem a participação de todo o setor. “O PDMS foi uma iniciativa da CNSeg e que ganhou adesão de seus seguradores e dos corretores de seguros, por meio da Fenacor. O projeto foi apresentado para mim enquanto superintendente interino e vemos que todas as ações do PDMS são aderentes ao que queremos para o mercado. A CNseg conseguiu fazer um plano e agora precisamos executar. Já estamos trabalhando, algumas propostas já saíram do papel e temos tudo para comemorar os resultados ao longo do tempo”.
Um tema bastante solicitado pela audiência do evento foi a proteção veicular. “Esse é um assunto delicado porque as associações de proteção veicular se tornaram um fenômeno. Aproximadamente, 8 milhões de veículos estão nesse sistema, que gira em torno de R$ 15 bilhões e já chegamos próximos de 3 mil entidades que praticam essa atividade. É um fenômeno que foge ao controle do Estado”, revelou. “Nosso entendimento é que essas empresas não deveriam funcionar sem a supervisão e fiscalização da Susep, deveriam respeitar o regramento necessário para conferir proteção à sociedade”. Ele explicou ainda que a Susep já abriu centenas de investigações a essas atuações, bilhões de reais em multas já foram aplicadas, e o corretor que atuar com empresa ilegal pode ser penalizado.
Por fim, abordou o tema Open Insurance (OPIN). “O mundo dos dados abertos é uma inovação que pode causar uma revolução nas relações econômicas. Não sabemos se irá mesmo causar, mas é uma ideia fantástica, uma questão estruturante do nosso mercado que tem potência”, disse. “Quando o OPIN estiver ligado ao Open Finance, os dados dos consumidores poderão gerar conhecimento para o mercado e soluções para o cliente, seja, B2B ou B2C, dentro desse regime de consentimento e observada a LGPD. As possiblidades são infinitas. Para esse sistema funcionar, as Sociedades Processadoras de Ordem do Cliente (SPOC), onde participam os corretores, são fundamentais, porque precisa ter alguém para consumir informações e ofertar soluções”, concluiu.