
Sincor-SP realiza live levando informação sobre o câncer de mama no Outubro Rosa
30 de outubro de 2024A live “Outubro Rosa – Saúde e Qualidade e Vida” foi exibida nesta quarta-feira, 29 de outubro, no canal da TV Sincor-SP no YouTube, para falar sobre prevenção, cuidados com a saúde e dicas valiosas para uma vida mais saudável. A 1ª vice-presidente do Sincor-SP, Simone Fávaro, recebeu a oncologista Dra. Janine Capobiango Martins e a enfermeira especialista na área, Aline Coatto Mantellatto, em um bate-papo.
Dra. Janine contextualizou a posição do Brasil em relação ao câncer de mama. “O câncer de mama ainda é uma doença muito prevalente no País. Temos um índice de 18 mil mulheres morrendo a cada ano, e isso está diretamente associado ao diagnóstico tardio”, disse, apontando que o câncer de mama tem cura, desde que diagnosticado precocemente. “Nosso principal desafio é proporcionar medidas de rastreamento e uma das medidas é o que estamos fazendo: atuar na conscientização. Faço questão de estar presente nestes debates porque sempre que uma mulher leva esta sementinha para outras conseguirmos ampliar a prevenção”.
A médica lembrou que embora o Sudeste seja uma região com mais acesso a informação, o Brasil é um país de dimensões continentais, onde o acesso à saúde, seja ao diagnóstico ou ao tratamento, ainda é muito ineficaz. “Por isso políticas de informação, como esta live, fazem toda a diferença”.
A alta incidência de câncer de mama no país se deve a diversos fatores, como a falta de atividade física, a obesidade e fatores genéticos. “Em média, temos 66 mulheres com a doença a cada 100 mil pessoas, ou seja, a cada mil, seis vão ter câncer de mama. Um número alto, por isso todos conhecemos alguém próximo que teve o diagnóstico desta doença, fez uma cirurgia”, apontou.
Ela explicou que entre os fatores de risco associados aos canceres, especialmente ao câncer de mama, há aqueles modificáveis, ou seja, que dependem do estilo de vida, e existem as condições genéticas, além do envelhecimento, que também está associado a maior incidência do câncer de mama. “A idade média de diagnóstico é 75 anos, então quanto mais idosa maior a chance de ocorrer”.
A enfermeira Aline atuou durante muitos anos em ambiente hospitalar no atendimento de pacientes oncológicos, e o que mais chamou sua atenção foi o fato de que as mulheres somente procuram atendimento quando já têm diagnóstico ou estão em estado avançado da doença. “É muito importante a campana Outubro Rosa porque, embora tenhamos tantas informações, cada vez que falamos a respeito mais mulheres ficam alertas sobre a importância do cuidado, da prevenção e do diagnóstico do câncer”.
A diretora Regional Centro do Sincor-SP, Ivone Gonoretske, venceu o câncer de mama e contou um pouco de sua experiência. “Em 1998 fui diagnosticada com o câncer em uma mamografia de rotina. Foram encontradas microcalcificações, que quando estudadas, concluíram que minha mama esquerda precisava ser retirada”, recorda. “Não foi fácil aceitar o diagnóstico e busquei vários médicos para saber se era isso mesmo. Fiz todo o procedimento com uma reconstrução imediata, então saí do hospital do jeito que entrei. Não estava feliz, mas estava reconstruída. Foi muito importante o apoio que recebi da família e do meu marido, chorávamos juntos, mas superamos justamente porque família e amigos me apoiaram. Fiz os exames posteriores a cada seis meses e hoje não tenho mais nada. Não precisei fazer quimioterapia porque fui diagnosticada rapidamente e essa a mensagem que quero deixar: façam sempre os exames preventivos. A mamografia anual é muito importante.”
Simone questionou a médica se todo câncer tem a necessidade de cirurgia ou se podem ser tratados apenas com quimio e radioterapia. “O câncer é tratado de acordo com seu estadiamento, ou seja, o tamanho do tumor e seu risco”, explicou a Dra. Janine. “Existem caracterizações em relação ao perfil biológico desse tumor e seu tamanho. Na doença em seu estágio inicial a estratégia é a retirada cirúrgica. A maior chance de cura de qualquer câncer é a cirurgia. Remover todas as células cancerígenas não permite que o tumor volte ou que caia na circulação sanguínea e seja levado para outros locais, gerando as metástases”, disse.
A especialista explicou que pacientes iniciais podem não precisar de tratamentos adicionais, apenas a radioterapia, se for uma cirurgia conservadora, mas muitas vezes precisam tomar comprimido receptor hormonal positivo por um período longo, de 5 a 10 anos. “Basicamente o tamanho desse tumor vai ser proporcional à agressividade desse tratamento: quanto maior, mais tratamento é necessário para que esse tumor seja erradicado e não volte num período de 5 a 10 anos”, disse.
Ao final do evento, as associadas do Sincor-SP com a contribuição sindical em dia concorreram a três vouchers da Vivara no valor de R$ 500 cada. A diretora Regional de Campinas do Sincor-SP, Betine Castro, fez o sorteio, e as sortudas foram: Maria Aparecida da Silva, da Regional Leste; Rosangela Lucina Ferreira Bonfati, da Regional Santos; e Karen Bispo Peixoto dos Santos, da Regional Leste.
Fonte: Sincor-SP