Ambiente melhor impulsiona resultados do setor até março
15 de maio de 2014Aos poucos, as seguradoras apresentam seus resultados financeiros para o primeiro trimestre, com destaque para os lucros apresentados por seguradoras ligadas a bancos. Os destaques dos resultados foram a redução em despesas administrativas e o controle da sinistralidade, favorecido pelo aumento das taxas de juros.
O Bradesco Seguros, que possui 20% de participação no mercado de seguros no Brasil, segundo dados do Ranking das Seguradoras realizado pelo Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado de São Paulo , apresentou no final de abril um lucro líquido de R$ 1,04 bilhão para o primeiro trimestre desse ano, um crescimento de 4,5% em relação ao primeiro trimestre de 2013. A empresa, que participa em 30% dos resultados do banco Bradesco, emitiu R$ 11,4 bilhões em prêmios até o final de março, com destaque para o ramo de Auto e Ramos Elementares com aumento de 22%, capitalização em 20% e Saúde também 20%. Segundo o presidente da Bradesco Seguros, Marco Antônio Rossi, somente segmento de saúde voltado para pequenas e médias empresas obteve um crescimento de 38%.
A BB Seguridade, empresa composta pela BrasilPrev, BB Mafre, Mafre BB e Brasilcap e BB Corretora registrou lucro líquido de R$ 648,7 milhões no primeiro trimestre deste ano, o que representa um crescimento de 42,6% sobre os R$ 455 milhões do mesmo período de 2013.
A empresa que possui capital aberto na Bolsa de Valores, teve nesse trimestre uma recuperação de todas as empresas coligadas, com destaques para a BB Mapfre SH2, do segmento de patrimônio, com a emissão de R$ 2 bilhões em prêmios e um lucro líquido de 86,2 milhões, um aumento de 250% comparado ao mesmo trimestre de 2013. A Brasilcap também teve um aumento expressivo, com emissão de R$ 1,3 bilhão em título de capitalização, evolução de 19,2% comparado aos 12 meses. O lucro de R$ 175 milhões, aumento de 147,6%, comparado com primeiro trimestre do ano passado.
Segundo Salles as seguradoras foram beneficiadas a partir do segundo mestre de 2013, com o aumento da taxa de juros que contribuiu na rentabilidade das provisões técnicas – reserva que as seguradoras fazem de seu lucro para aplicar em renda fixa, como (Certificado de Depósito Interbancário) CDI. Foi o caso da Porto Seguro que obteve um aumento de 124% do seu resultado financeiro, explicado por um CDI médio maior – aumento de 49% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
Questionado se o resultado das seguradores que possuem capital aberto podem ser influenciados pelo valor das ações das companhias no mercado, Salles explica que não. “No máximo o que pode acontecer é o contrário, os bons resultados valorizar as ações das seguradoras”. Por exemplo, as ações da BB Seguridade ON, por exemplo fechou ontem com, R$28,40, aumento de queda de 59% nos últimos 12 meses. A valorização da Porto seguro também é nítida. Nos últimos 12 meses as ações subiram de R$ 25,75 para R$ 32,59, crescimento de 26,56%. As ações da Brasil Insurance tiveram um decréscimo nesse trimestre. Ano passado as ações da companhia estava e R$ 22,60 e caíram para R$ 8,62, queda de 61,86%.
A SulAmérica que ainda não apresentou seu resultado para esse trimestre teve um pequeno aumento em suas ações. Em maio do ano passado, o valor das ações da Seguradora estava em R$14,77 e fechou ontem em R$ 16,62. Salles acredita que os resultados da SulAmérica virão de acordo com os apresentados nos últimos trimestres. No ano passado, a seguradora fechou o quarto trimestre com um lucro líquido de R$ 289 milhões.
Fonte: DCI