Apesar do cenário atual, setor de seguros se mantém forte
3 de maio de 2021A edição nº 42 da Conjuntura CNseg aponta as dificuldades do Brasil em sair da pandemia e a oferecer ajuda adequada a empresas e famílias, com incertezas sanitária, fiscal e política, que dominam o cenário econômico nacional. “É preciso dar passos na direção de mitigá-las se quisermos ter boas notícias nos próximos meses. Restaurar a credibilidade do arcabouço fiscal com o cumprimento do teto de gastos e comprometimento da agenda de reformas é importante, assim como trabalhar por uma política sanitária racional contra a Covid-19, com menos confrontos entre as diferentes esferas de governo”, diz a publicação.
No entanto, o estudo aponta desempenho positivo do setor de seguros em fevereiro, apesar do cenário de incertezas. A demanda cresceu 5,5% no comparativo entre os meses de fevereiro de 2020 e 2021, produzindo uma movimentação de mais de R$ 22 bilhões em prêmios e contribuições à previdência e à capitalização (sem Saúde e Dpvat). Na média de 12 meses móveis, o setor teve expansão de 0,1%, mantendo a sequência de desaceleração iniciada desde março do ano passado, quando da decretação da pandemia.
Os números dos seguros para bens ou danos causados a terceiros mantiveram o protagonismo em fevereiro, com prêmios de R$ 6,3 bilhões, 14,9% acima do mesmo mês de 2020. Em 12 meses móveis, a evolução foi de 7,2% até fevereiro (ante 6,4% até janeiro).
Em destaque, a reação ocorrida nas vendas do seguro Automóvel no mês – cresceu 7,4% sobre fevereiro, totalizando R$ 2,7 bilhões em prêmios diretos, depois da queda em janeiro (-4,4%). O vaivém tem relação direta com o comportamento das vendas de veículos, já que seminovos e usados têm aumentado em relação aos carros zero quilômetro. Em fevereiro, a venda de automóveis usados cresceu 13,8% e o número de emplacamentos recuou 22,4%, quando comparados a fevereiro de 2020.
De acordo com a publicação, preocupados com o risco de grandes vazamentos de dados e com as sanções da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), consumidores buscam cada vez mais proteção do seguro. Resultado: a demanda por seguros contra Riscos Cibernéticos cravou um recorde em fevereiro, ao expandir 242,5% em relação ao mesmo mês de 2020 e atingir prêmios de R$ 8,2 milhões. Para se ter uma ideia, a receita de um único mês aproximou-se do totalizado na carteira em todo o primeiro trimestre de 2020 (R$8,9 milhões).
Fonte: CNseg