Ataques cibernéticos deixam empresas e mercado de seguros em alerta
14 de junho de 2017Após o ataque cibernético que ocorreu no dia 12 de maio, apelidado de WannaCry, as empresas e o mercado de seguros ficaram atentos para novas ameaças. Pensando nisso, a AIG realizou o Fórum de Riscos Cibernéticos, que aconteceu no dia 14 de junho, em São Paulo, para discutir a segurança no mundo virtual e abordar as soluções que o mercado oferece.
O gerente de ameaças cibernéticas da Ernest Young, Luiz Milagres, falou sobre as ameaças que circulam no mundo, ressaltando a importância das empresas protegerem suas informações, evitando uma vulnerabilidade maior. “A partir do momento que todos estão online, as ameaças se tornam muito maiores e mais perigosas”, declara.
As precauções que as empresas devem tomar a fim de evitar tais ataques também foram lembradas pelo executivo, que revelou que existem várias camadas de defesa. A defesa passiva é um bom antivírus, que hoje talvez não faça tanta diferença, mas é imprescindível que se tenha. A defesa ativa é a conscientização sobre os males que a internet pode causar. “Segurança cibernética é responsabilidade de todos os colaboradores de uma empresa, e, por isso, é de extrema importância alerta-los quanto a e-mails suspeitos, transmissão de informações para fora da companhia etc.”, completa.
O advogado no escritório Demarest e especialista em riscos cibernéticos, Thales Dominguez, falou sobre as leis sobre segurança cibernética ao redor do mundo, lembrando que, apesar de o Brasil possuir o Marco Civil da Internet e a Lei Carolina Dieckmann, ainda não está no mesmo patamar de outros países. “Em diversos países, existe o dever de notificação, que é o alerta às autoridades sobre uma ameaça em empresas e grandes corporações. Aqui, ainda estamos caminhando”, completa.
O gerente de linhas financeiras e o especialista de Cyber Risks da AIG, Flávio Sá e Tiago Lino, apresentaram as características do seguro para riscos cibernéticos, ressaltando coberturas como lucros cessantes e recuperação de dados.
Quanto ao WannaCry, Tiago revela que houve um aumento de 260% na procura pelo seguro de riscos cibernéticos após o ataque. “A expectativa é que este ramo cresça muito daqui pra frente, podendo ultrapassar o seguro D&O”.
Fonte: Comunicação Sincor-SP