Brasil agora tem seguro para fusões e aquisições de empresas
20 de maio de 2014Conhecido nos Estados e na Europa, o Seguro para Fusões e Aquisições (Mergers & Acquisitions) agora também está disponível no Brasil. O produto foi lançado pela AIG, no dia 15 de maio, e tem como público-alvo as empresas que estão em processo de fusão, aquisição ou reestruturação, com acordos entre 20 milhões e 1 bilhão de dólares, garantindo os riscos de perdas financeiras em decorrência de infrações.
O seguro, que passou por processo de adaptação às exigências da Susep durante três anos, é voltado para os contratos de compra e venda de empresas, atuando nas declarações e garantias caso alguma parte seja quebrada, podendo gerar perdas financeiras. Segundo o gerente de Linhas Financeiras da AIG no Brasil, Lucas Scortecci, tanto o vendedor quanto o comprador podem fazer o seguro, considerando que a cobertura é exatamente a mesma nas duas apólices.
Scortecci explica que, no momento de uma transação, existem três grupos de circunstâncias que podem gerar perdas no futuro. “A primeira eventualidade se dá no valor final da causa, que não tem como estar mencionado no contrato da empresa que está passando pelo processo. Depois há o grupo das ‘circunstâncias conhecidas’, quando existe probabilidade de gerar perdas apontadas nos relatórios. E, a terceira situação seriam os pontos completamente desconhecidos, ou seja, impossíveis de prever. O seguro atua exatamente nessa condição, no que está inteiramente oculto, sendo que a empresa vendedora passa por uma investigação a fim de que seja desvendado seu potencial de risco”, completa.
O executivo também menciona que o processo de regulação de sinistro é o mesmo dos demais seguros. “O valor do sinistro tende a ser liberado mais rápido do que as escrow accounts, espécie de conta caução onde o vendedor deposita uma parte do capital que ficará bloqueado por longo prazo, e só pode ser liberado diante da concordância das duas partes, comprador e vendedor, levando mais tempo do que a utilização do seguro”, conclui Scortecci.
Fonte: Comunicação Sincor-SP