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Corretores precisam ficar atentos ao potencial dos seguros de pessoas com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros
3 de outubro de 2018Metade da população do Brasil, em 2010, tinha até 30 anos. Em 2060, metade terá até 40 anos. Os dados mostram que a população está envelhecendo e que o mercado de seguros precisa se atentar e, principalmente, se adequar à essa nova realidade. O tema foi debatido durante o painel do 18º Conec “Longevidade: vida, previdência e saúde – O homem e o futuro do seguro”, mediado pelo jornalista, apresentador e palestrante Heródoto Barbeiro.
Abrindo os trabalhos, o fundador e presidente do IBRET, Hélio Zylberstajn, apresentou dados importantes sobre a terceira idade e como essa população está inserida no mercado de trabalho. “Entre os idosos aposentados, apenas 30% permanecem ativos. No entanto, com as mudanças na previdência, esse quadro deve mudar”, alertou.
Pela questão de a longevidade estar diretamente ligada à saúde, o presidente do UnitedHealth Group Brasil, Claudio Luiz Lottenberg apresentou dados, destacando os desafios do setor que devem ser superados, como: atendimento com foco em promoção de saúde e prevenção; valorização do médico generalista; parcerias com o setor privado; integração de dados e tecnologia; e a necessidade de uma regulação equilibrada e eficiente. “São pontos importantes para a saúde pública em geral e para os agentes que lidam com o setor”, disse.
Hoje, no Brasil, cerca de 20% da população possui seguro vida, ou seja: existe um potencial enorme a ser explorado, “mas, para termos êxito na área, os corretores de seguros devem olhar com atenção a modalidade. Apesar de ser um ramo que oferece um comissionamento bastante vantajoso ao corretor, ainda é colocado de lado por boa parte da categoria”, alertou o 2° secretário do Sincor-SP, Osmar Bertacini.
Sobre a crença da modalidade não ter alcance pela falta de aculturamento da sociedade sobre seguros, o CEO da MetLife Brasil, Raphael de Carvalho, ressaltou: “nossa empresa está em mais de 150 países e em nenhum lugar seguro é comprado. A questão toda está ligada à oferta”.
Outro ponto debatido pelos painelistas foi o dos planos de previdência privada, mercado que deve ser impactado pelos reflexos da Reforma da Previdência. “A indústria da previdência está passando por uma revolução para atender a longevidade e esse novo mercado”, afirmou o diretor geral do Grupo Bradesco, Marco Antonio Gonçalves, ressaltando que “o setor precisa ter produtos mais atrativos para crescer”.
Previdência, aliás, ainda hoje é comprada e vendida sob a ótica do planejamento para o futuro. Nesse sentido, o vice-presidente comercial da Icatu Seguros, Guilherme Hinrichsen, lembrou que planejamento deve ser reavaliado constantemente. “Temos que olhar as oportunidades nos nossos clientes. O valor da previdência contratado pelo segurado vai manter o seu padrão de vida futuramente? E se essa pessoa sofrer um problema de invalidez? É necessário fazer um planejamento previdenciário com o seguro de vida”, aconselhou.
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