Incentivar igualdade de gênero traz compensações econômicas
27 de outubro de 2016A igualdade entre homens e mulheres vem sendo discutida fortemente nos últimos anos, principalmente, após a entrada da mulher no mercado de trabalho, que mudou as políticas de algumas empresas e até de mercados. Em alguns aspectos, estamos longe de atingir a paridade, mas muito se tem feito para mudar os padrões. Segundo uma pesquisa da consultoria Mckinsey, a igualdade de gênero no mercado de trabalho brasileiro poderia injetar US$ 850 bilhões na economia para os próximos dez anos.
Em sintonia com essa realidade, o estudo ‘Mulheres no mercado de seguros no Brasil’, realizado pela Escola Nacional de Seguros, traz uma reflexão sobre a representatividade da mulher no ramo. Para Francisco Galiza, economista e realizador do estudo, a discussão deve ser feita no sentido econômico. “Uma maior presença feminina representa maior ganho”, completa.
“As mulheres estão no mercado de trabalho, já que em 2015, elas correspondiam a 56% do total de funcionários. Já em cargos executivos, elas representam somente 0,8%”, declara Maria Helena Monteiro, diretora de ensino técnico da Escola e idealizadora da pesquisa.
Segundo o estudo, de todos os funcionários das seguradoras, apenas 4,7% se tornam executivos, no caso das mulheres esse número é de 1,4%. Homens têm de 3 a 4 vezes mais chance de se tornarem executivos de seguradora. “Educação definitivamente não é um problema, já que 54% das mulheres nas seguradoras são pós-graduadas, enquanto a taxa nos homens é de 46%”, explica Maria Helena.
A executiva acredita que para haver mais representatividade no mercado, é necessário ter mais mulheres em cargos de liderança. “As empresas têm que incentivar o crescimento profissional feminino, assim como faz com os homens. Dando as mesmas oportunidades e excluir fatores como maternidade e educação como justificativas”, completa.
Fonte: Comunicação Sincor-SP