Membro da Comissão de RC do Sincor-SP mostra oportunidades do seguro D&O em evento da AIDA Brasil
31 de outubro de 2022No dia 20 de outubro, a Associação Internacional de Direito do Seguro (AIDA Brasil) promoveu a 4ª edição do Encontro Nacional de Seguro de Responsabilidade Civil. O primeiro painel contou com a participação do membro da Comissão de Responsabilidade Civil do Sincor-SP, Maurício Bandeira. A gravação na íntegra está disponível aqui.
Além da transmissão on-line, o encontro foi realizado presencialmente na Escola de Negócios e Seguros (ENS). O tema tratado abrangeu o RC D&O, os reflexos na cobertura decorrentes de medidas oriundas do compliance, cybersecurity e da responsabilidade ao DPO.
Apresentando dados da Susep, Bandeira introduziu o assunto com números de sinistralidades, além de destacar benefícios e garantias fornecidos pelo seguro de D&O à gestores. “Empresas de capital aberto e instituições financeiras são compradores assíduos do seguro D&O. A modalidade já é tratada como obrigatória para estes tipos de prestadores de serviços”, garantiu.
O profissional citou que há quem diga que o seguro D&O tem os dias contados, entretanto, contrariou esta teoria ao abordar os métodos de governança corporativa e o compliance das seguradoras. “Empresas de capital aberto com nível de governança mais alto tendem a ter condições melhores de contratação. Em 2021, o mercado terminou com quase R$ 1,3 bilhão em prêmios. Com números como estes, como o D&O está prestes a terminar?”, indaga o especialista.
Ainda segundo Bandeira, enquanto as discussões do setor avançam, os riscos também, principalmente no ambiente cibernético. “O ecossistema securitário está em evolução constante. Em linhas financeiras, o mercado tem sido muito rápido em endereçar os problemas e resolvê-los. Estamos provando que o seguro é efetivo e uma excelente ferramenta de mitigação”, esclareceu.
Por fim, o membro da Comissão do Sincor-SP criticou uma tradição do mercado que impacta diretamente na captação de seguros e, consequentemente, não permite a inovação completa do setor. “Existem algumas tradições que estão profundamente enraizadas nos métodos securitários que, atualmente, já não fazem sentido. Um exemplo são as dezenas de procedimentos que ainda demandam de papel e extensos questionários cheios de complexidade que afastam novos clientes. Falta uma adequação tecnológica dos prestadores de serviço”, concluiu.
Fonte: Comunicação Sincor-SP