A COP 30, realizada em novembro de 2025 em Belém, incluiu debates sobre riscos climáticos e instrumentos financeiros para apoio às populações e atividades econômicas expostas a eventos extremos. Representantes do mercado de seguros participaram das discussões e apresentaram propostas para ampliar a oferta de proteção no país.
As entidades do setor defenderam o uso de dados climáticos para aperfeiçoar modelos de análise de risco e estimular novos produtos voltados à prevenção de perdas. Também destacaram a necessidade de integração entre seguradoras, corretores e órgãos públicos para fortalecer a gestão de riscos ambientais.
Segundo relatório da Howden, corretora global especializada em seguros de alta complexidade, a ausência de seguros está bloqueando bilhões em investimentos sustentáveis, e que no Brasil, só a transição para agricultura regenerativa no Cerrado pode movimentar até US$ 55 bilhões até 2050 — sendo mais de 80% dependentes de capital privado.
Durante os encontros, o setor apresentou iniciativas relacionadas a seguros paramétricos, programas de educação para prevenção e ações de apoio a pequenas e médias empresas expostas a eventos climáticos. As propostas incluíram ainda sugestões de políticas que permitam ampliar o acesso da população a coberturas voltadas a desastres naturais.
A participação do mercado de seguros contribuiu para o avanço das discussões sobre adaptação climática e para a construção de diretrizes que possam orientar futuras ações nacionais.