Nova edição do Sincor Digital debate inovação na experiência do cliente
12 de dezembro de 2024O evento Sincor Digital, realizado periodicamente pelo Sincor-SP, teve mais uma edição na manhã de 12 de dezembro, abordando “Fronteiras Digitais – A Inovação na Experiência do Cliente”.
Neste encontro, transmitido pela TV Sincor, foi abordada a transformação digital, explorando ferramentas que aprimoram a jornada do cliente e as inovações já implementadas no mercado de seguros. Além disso, foram discutidos os desafios relacionados às percepções e resistências geracionais no uso de novas tecnologias. O presidente do Sincor-SP, Boris Ber, foi o mediador, conduzindo o bate-papo com os palestrantes Emir Zanatto, Head de Seguros da TEx, empresa que agora pertence à Serasa Experian, e Adriano Lima, gerente de TI do Sincor-SP.
Boris comentou que a TEx veio para impulsionar o setor, partindo de uma necessidade de um corretor de seguros que foi revolucionário na busca por tecnologia, não tendo medo da evolução. Zanatto lembrou que no começo os desafios não eram somente os de tecnologia, mas de vencer os medos do mercado. “A tecnologia às vezes assusta o mercado no sentido de mudar as coisas já estabelecidas; e isso frequentemente acontece, essa mudança faz parte. Quando começamos na Tex com o multicálculo Teleport o medo do mercado era que o corretor passasse a vender apenas preço e não mais os diferenciais de cada seguradora. E o que vemos, 16 anos depois, é que esse medo não se concretizou, a velocidade trazida para o trabalho do corretor dá a ele uma vantagem competitiva, não precisa ficar brigando por preço e pode atuar de forma mais estratégica com o segurado”, relatou.
Segundo Zanatto, os desafios também vão mudando ao longo do tempo. “Essa é a graça de resolver uma ‘dor’ da indústria. E culminou que recentemente fomos adquiridos pela Serasa Experian, que é a maior datatech do mundo, o que mostra o quão relevante é a nossa indústria para a estratégia de uma companhia global como esta”.
Na visão do presidente do Sincor-SP, os multicálculos acabaram reforçando a condição do corretor de ser realmente um consultor, de dizer ao cliente que cotou no mercado e quais são as melhores opções de companhias e produtos. “Colocamos em uma pratica rápida tudo o que nós já fazíamos, mas levava muito tempo”, apontou.
O gerente Lima contou que tem carreira de 22 anos em tecnologia e é sua primeira experiência com o mercado de seguros. “Está sendo muito interessante trabalhar com soluções para agregar no dia a dia do corretor de seguros, transformando e agilizando sua atuação”. Boris comentou que as demandas de tecnologia e inovação no Sincor-SP são muitas, e com prazos acelerados para entrega. Lima disse que não é fácil administrar a ansiedade por evoluções de todos os departamentos, mas é preciso negociar prazos para entregas bem feitas. “O segredo é nos tornamos colaborativos, integrando com todas as áreas, nos envolvendo. Com isso, vamos negociando os prazos, mostrando como deve ser feito para que tenha sucesso, e estamos conseguindo entregar sem estourar prazos, este é o grande mérito fazer entregas bem feitas”.
Apesar de grandes avanços em tecnologia, grande parte dos corretores ainda buscam iniciar no marketing e no atendimento digital. “Vemos que ainda existe um certo medo. As empresas de tecnologia e as seguradoras oferecem diversas oportunidades para que o corretor possa ao menos começar”, apontou Boris Ber.
“Todos temos medo daquilo que não conhecemos, seja uma tecnologia nova, um produto novo ou empresa nova no mercado. Quando surgiu a inteligência artificial eu também tive medo, e meu conselho sempre é: se aproximar disso, conhecer, usar”, orientou Emir Zanatto. “A tecnologia por si só não é benéfica ou maléfica à sua operação, mas o modo como vai usá-la irá dizer. As corretoras de menor porte não vão ter time para atuar em todas essas frentes de novas tecnologias, então deve ser uma ferramenta do seu dia a dia. A tecnologia é um meio, não é quem vai fazer a venda, mas ela vai acostumar o seu cliente a ter esse contato com os demais produtos que a corretora possa oferecer”.
Zanatto deu um conselho aos corretores de seguros: “se concentre no que você é bom, mas abra a oportunidade para que a tecnologia, ou seja, algumas soluções de mercado, possam fazer a oferta dos outros produtos e que estes possam vir na esteira”. Em sua visão, seguros como de celular ou consórcios muitas vezes acabam sendo consumidos pelo cliente de forma online, sem a participação do corretor, porque o cliente não sabe que o profissional também disponibiliza.
Adriano Lima defendeu que o investimento no digital traz retorno. “O primeiro passo para entrar é observar a experiência de um colega. Pergunte como ele começou. O custo se torna alto apenas quando se quer começar do zero. É mais fácil reinventar, usando algo que já tem pronto e adaptando ao seu estilo. Esse é o grande segredo para se começar”, aconselhou.
Os especialistas convidados também tiraram dúvidas enviadas por corretores de seguros ao vivo sobre tecnologia e atuação digital em suas empresas.
Fonte: Sincor-SP