Novo Rol de procedimentos da ANS pode ter impacto de R$ 5,4 bilhões
15 de agosto de 2017Segundo o estudo “Estimativas de Custo e Impacto de Tecnologias na Despesa Assistencial”, realizado pela FenaSaúde, 16 das novas 26 tecnologias podem ter um custo adicional de R$ 5,4 bilhões às operadoras de saúde. Medicamentos, terapias e exames foram propostos pela Agência Nacional de Saúde (ANS) para oferecimento obrigatório pelos planos de saúde a partir de 2018.
A Federação destaca que, por conta de um longo período de recessão econômica, o processo de incorporação de novas tecnologias precisa considerar o impacto financeiro e as condições dos compradores de plano de saúde. Ainda segundo a FenaSaúde, o custo dos planos de saúde na folha de pagamento das empresas já representa aproximadamente 12%, ficando atrás apenas do pagamento de salários. As despesas assistenciais por beneficiários, geridas pelas operadoras, também crescem. Somente em 2016, o aumento foi de 19,2%.
“Hoje, o Rol para cobertura mínima obrigatória já contempla 91% da lista de procedimentos da Associação Médica Brasileira. Em paralelo, levando-se em consideração a atual conjuntura econômica do país e o orçamento das famílias, é preciso questionar sobre se há capacidade de pagamento por parte da sociedade. É equivocado achar que essas despesas são das operadoras. Somos nós que pagamos essa conta. A sociedade precisa fazer escolhas entre mais cobertura e maior preço ou a assistência à saúde que caiba no seu bolso”, declara a presidente da FenaSaúde, Solange Beatriz Palheiro Mendes.
Fonte: Comunicação Sincor-SP