O futuro é de oportunidades e valorização do corretor de seguros
5 de março de 2022No segundo dia do 22º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, os participantes compareceram em massa para participarem do painel “O setor de seguros e o corretor: realidades e perspectivas”. Com mediação do delegado Fenacor do Sincor-SP, Manuel Matos, a palestra teve participação do superintendente da Susep, Alexandre Camillo, do presidente da Fenacor, Armando Vergílio, do deputado federal e presidente da Escola de Negócios e Seguros (ENS), Lucas Vergílio, e do presidente do Ibracor, Joaquim Mendanha.
Camillo começou o painel reforçando as ações que a Susep realizou antes de sua chegada, ressaltando que algumas foram assertivas e outras geraram divergências dentro do setor. “Temos que entender que muitas das decisões tem fundamentos em algumas situações, como a lei da liberdade econômica, que foi fato gerador de diversas mudanças, levando autarquias e agentes regulatórios a revisarem circulares e legislação. Em decorrência disso tudo, tem atos normativos já consolidados e aceito por todos, que são os que vamos manter e darmos continuidade. No entanto, existem outros que estamos identificando que precisam de ajustes”, declarou.
Sobre o futuro, o superintendente destacou que o papel da Susep vai ser ouvir o mercado e atender aos pleitos para o fomento dos seguros no Brasil, ressaltando que o cenário atual traz razão e importância para o seguro no cotidiano das pessoas. “A sociedade nunca esteve tão exposta a riscos quanto atualmente. E muito dessa exposição é o que faz a visão do cidadão mudar em relação ao seguro e é um momento maravilhoso para mostrar que estamos aqui para proteger a sociedade, com a distribuição personificada, enxergando o quanto a consultoria, a proximidade e a confiança tem valor. Independente de outras formas de distribuição, vamos valorizar o corretor de seguros”, completou Camillo.
Falando sobre a autorregulação, o presidente do Ibracor afirmou que esta já é uma prática comum em diversos lugares do mundo e há muito tempo. “Nosso grande trunfo é a emancipação, já que o órgão regulador não tem mais condição de fiscalizar mais de 117 mil corretores em todo Brasil. Atualmente, temos 21,5 mil associados no Ibracor, para quem prestamos orientação preventiva. O que esperamos é que o corretor de seguros entenda a importância do setor, sob o olhar que o consumidor tem, fazer parte de uma autorreguladora é como ter um selo de qualidade.
O deputado Lucas Vergílio também ressaltou a importância da autorreguladora. “Acredito que a autorregulação é a independência do corretor de seguros. Ainda mais, depois de tudo que a categoria passou nos últimos anos. Somos sobreviventes e estamos preparados para qualquer tipo de adversidade já que comprovamos, na prática, que somos essenciais para o setor de seguros, independente de qualquer legislação e de qualquer autarquia, porque o segurado confia em nós e nos vê como um elo de confiança para proteger sua família, negócios e suas vidas”.
Além de destacar a atuação da autorreguladora, o presidente da Fenacor ressaltou que, antigamente, a Susep supervisionava pouco mais de 50 mil corretores com cerca de mil servidores e, atualmente, conta com pouco mais de 300. “A autarquia não vai conseguir supervisionar mais de 100 mil profissionais. Por isso, a autorregulação não é só a independência do corretor de seguros, mas uma garantia adicional necessária para o consumidor”.
Acerca das oportunidades no setor de seguros, os painelistas concordaram que o mundo atual traz, cada vez mais, riscos e o senso comum de que o seguro é a melhor proteção para as pessoas e os negócios.
“O mundo é um mundo em transformação, e essas se deram porque nós quisemos, nós somos os artífices dessas transformações. Então só haverá risco, em decorrência da oportunidade, se nós enquanto pessoas não promovemos em nós mesmo essas transformações”, destacou Camillo. Mendanha ainda completou: “Nós temos uma Federação, 22 sindicatos, uma autorreguladora e uma escola formadora de mão de obra. Poucos têm essa estrutura, então, vamos valorizar o que temos”.
Fonte: Comunicação Sincor-SP