Seguro pecuário traz oportunidades para o corretor e o setor
28 de junho de 2021Em evento online realizado pelo Ministério da Agricultura (MAPA) na última sexta-feira (25/06), especialistas do setor de seguros deram destaque para o seguro pecuário de corte e leite, já que é o ramo que mais cresce dentro do segmento rural. Parte do projeto Monitor do Seguro Rural, o evento teve apoio do Sincor-SP e de outras entidades do setor.
Dando início ao evento, o diretor do Departamento de Gestão de Riscos do MAPA, Pedro Loyola, falou sobre o Programa de Subvenção ao Seguro Rural (PSR), que dá subsídio aos produtores rurais para a contratação do seguro. Loyola explicou que os produtores fazem as propostas de seguro junto às seguradoras, por intermédio do corretor, e as companhias enviam ao MAPA. “Preenchidos os requisitos necessários, a proposta é aceita e recepciona-se a apólice, comprometendo o orçamento e em seguida efetua-se o pagamento do valor da subvenção diretamente para a seguradora”.
Segundo o executivo, o orçamento do PSR no ano passado foi de R$ 880,9 milhões e conseguiu atender pouco mais de 105 mil agricultores. Já as seguradoras pagaram o total de R$ 4,6 bilhões em indenizações decorrentes de sinistros. Somente para a bovinocultura foram emitidas 1.772 apólices em 2020.
Para o vice-presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Francisco de Castro, os custos de produção estão elevados, já que os insumos subiram. “Para reduzir o risco da produção é importante discutir esse projeto. A CNA tem total interesse em fomentar o seguro rural e fazer com que ele chegue até o campo”, destacou.
Ainda na abertura, o vice-presidente da Comissão de Seguro Rural da FenSeg, Daniel Nascimento, ressaltou o crescimento do seguro pecuário, que é o produto que mais cresce dentro do ramo rural. “Foi o que mais cresceu em 2020, cerca de 250%, saindo de R$ 6 milhões para R$ 23 milhões em prêmios emitidos. É um segmento que tem muito potencial, principalmente pelo incentivo das seguradoras e do governo federal, por meio do PSR”.
A coordenadora da Comissão de Riscos Rurais do Sincor-SP e pela Abraleite, Karen Matieli, também acredita que o segmento tem muito potencial para crescer. “Temos muitas culturas que têm aderência no seguro. Já a pecuária vinha sempre atrás. Mas, nesses últimos dois anos, tivemos um crescimento perceptível”, completou.
Para apresentar os produtos disponíveis no ramo, a superintendente de Seguros Agrícolas da MAPFRE, Cátia Rucco Rivelles, o representante do Banco do Brasil, Luiz Leonardo Leite Filho, o gerente de operações de Seguro Rural, Frederico Peres, a underwriter Agro da Swiss Re, Carolina Bonomo, e o representante da operadora de seguro Agrobrasil, Daniel Sussumu Yuri, falaram das coberturas e riscos excluídos.
Os especialistas destacaram que as coberturas do seguro pecuário destinam-se para animais de consumo, produção, cria, recria e engorda. O produto é simples, já que cobre o valor de reposição do animal e tenta abranger as possíveis causa morte como doença não epidêmica; acidente; incêndio; raio; insolação e eletrocussão; luta e ataque; seca e incêndio sobre pastagem e redução do preço da arroba do produto.
Fonte: Comunicação Sincor-SP