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30.07.2025

Seguro rural deve ter a menor cobertura em sete anos

O mercado de seguro rural no Brasil enfrenta um cenário crítico em 2025, com a possibilidade de ser o pior ano da história recente do setor. O congelamento de R$ 445 milhões do orçamento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) — cerca de 42% dos recursos totais — deve reduzir drasticamente a área segurada para menos de 5 milhões de hectares, o menor patamar desde 2018. Sem a subvenção federal, a comercialização de apólices para a safra de verão está praticamente paralisada, prejudicando principalmente os produtores de soja, que já enfrentam margens apertadas e juros elevados.

As seguradoras estimam perdas de receita entre 30% e 40% em relação às projeções feitas no início do ano. Além da redução no orçamento, o governo ainda não pagou R$ 129 milhões referentes a apólices de 2024, comprometendo o fluxo de caixa das companhias. Há também atrasos nos recursos da safra de inverno, cuja subvenção de R$ 179 milhões ainda não foi liberada. A combinação de corte de verba, inadimplência governamental e cenário macroeconômico desfavorável cria um ambiente de retração e incerteza no setor.

Especialistas do mercado alertam que a baixa adesão ao seguro, causada pela ausência da subvenção, pode levar à chamada “anti-seleção”, onde apenas produtores mais vulneráveis contratam apólices, elevando o risco para as seguradoras. A janela de contratação para a safra de verão está atrasada, e o potencial de cobertura — que poderia alcançar até 20 milhões de hectares — foi drasticamente reduzido. Diante da falta de recursos e da indefinição por parte do governo, o setor teme uma forte retração, que pode comprometer a proteção agrícola do país justamente em um ano com risco climático elevado.

Fonte: com informações do Globo Rural

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