SincorCAST explica modelo da Justos, seguradora que une tecnologia com distribuição via corretores de seguros
12 de agosto de 2024Na 22ª edição do SincorCAST, que foi ao ar na última quinta-feira, 08 de agosto, o presidente do Sincor-SP, Boris Ber, ao lado do 2º tesoureiro, Fernando Alvarez, recebeu o diretor Comercial da Justos, Luciano Lima. Eles conversam sobre as operações da seguradora no Brasil, inovações no seguro de automóvel e oportunidades para os corretores.
“Um prazer falar da Justos, uma empresa que está vindo para mudar um pouco o mercado, num canal que tem tamanho alcance no setor de seguros”, disse Luciano Lima.
Boris destacou que o convidado é um executivo comercial de primeira qualidade. “Você é um cara que o corretor de seguros gosta, que sabe conversar de forma diferenciada conosco”.
E pediu para ele contar sua trajetória profissional até chegar na Justos. “Passei minha vida profissional me relacionando com corretores de seguros, meus melhores amigos são corretores”, disse Luciano Lima. “Fiquei 40 anos na SulAmérica, saí pensando em ficar três meses sem trabalhar, mas 15 dias depois eu estava na Qualicorp, aproveitando a experiência em saúde dos últimos dois anos na SulAmérica. Fiquei 10 meses lá, até que recebi uma ligação do CEO da Justos falando dos objetivos da seguradora no Brasil, que estava definindo que a distribuição seria via corretor e queria alguém que conhecesse esse canal”.
Luciano Lima conta que se encantou com a proposta que a Justos traz para o mercado de seguros. “Trata-se de uma startup que faz as coisas acontecerem muito rápido em nosso mercado tradicional, diferente das grandes seguradoras que não conseguem fazer mudanças muito repentinas. Faz quase dois meses que estou na empresa, visitando corretores, apresentando a empresa, e querendo viver mais 40 anos aqui”.
Boris Ber pediu para ele contar a história da empresa. “O grupo da Justos começou com três amigos: um mexicano, um espanhol e um indiano, que estudaram juntos no Vale do Silício, e na época da pandemia decidiram empreender e abrir uma startup fora dos Estados Unidos. Eles olharam para vários modelos de negócios no mundo e viram no Brasil o exemplo do Nubank, que entrou para o mercado financeiro com um viés mais digital, com grande visão de tecnologia e hoje virou um case de sucesso”, relatou. “Com este exemplo, pensaram que o tradicional mercado de seguros poderia ser inovado com a tecnologia, gerando simplicidade para o consumidor e, agora, para o corretor, sem perder a essência do seguro automóvel, que é fazer a proteção do bem com todos os benefícios e assistências. Aproveitando a abertura da Susep para novas entrantes, abriram uma seguradora com viés totalmente digital no mercado de seguro de automóvel. Buscaram investidores e, tendo um bom recurso de capital, a Justos entrou no mercado e estamos aí crescendo de maneira bem significativa”, afirmou.
Essa tecnologia se comunica bem com os jovens, então o corretor e o segurado mais jovens são alvos da companhia? – questionou o presidente do Sincor-SP. De acordo com Luciano, com a pandemia o corretor tradicional que tinha aversão ao digital passou a se relacionar com o cliente de maneira online, entendendo que a tecnologia não era adversária, mas que pode agregar clientes e qualidade de atendimento. Aliado a isso, vem aí uma geração totalmente conectada. “Então estamos alinhando os dois modelos: o corretor tradicional que aprendeu que o digital é importante e o novo corretor que quer usar somente o digital para o contato com o segurado e crescimento do seu negócio”, destacou.
Boris ressaltou que muitas companhias se dedicaram a entender a jornada de cada cliente e atender também aquele que não quer se relacionar pelo digital, questionando se na Justos terá esta opção. “Temos hoje um setor de atendimento ao cliente que é formado por pessoas. O cliente escolhe se quer fazer o aviso de sinistro pelo aplicativo, por voz ou quer falar com uma pessoa, não robô, que pode orientar da maneira antiga, especialmente para pessoas com mais dificuldade com tecnologia, ainda mais na hora de um sinistro. E temos um time de pessoas para atendimento aos nossos corretores caso necessário também”.
Outro questionamento foi se a companhia tem o compromisso de vender somente pelo canal corretor, sem venda direta. “Sim, esta foi a principal mudança que causou minha vinda para a Justos. Depois de toda a experiência de venda direta para o consumidor, entendendo como funciona todo o ciclo, de sinistro, de assistência, o CEO da Justos avaliou que no mercado brasileiro a distribuição está na mão do corretor de seguros, e agora é uma empresa que tem apenas o corretor como canal de distribuição. Temos um portal, como todas as empresas têm, onde se o corretor ou o segurado fizer uma cotação será exatamente igual, e no caso de o segurado cotar o seguro é direcionado a um corretor”.
Fernando Alvarez, que é da cidade de Bauru, disse que as grandes seguradoras estão se voltando para o interior paulista, entendendo que lá tem grandes oportunidades em todos os ramos, e perguntou como vai ser a atuação da Justos na região. “Quando resolvemos nos voltar para a distribuição via corretor de seguros, primeiro contratamos um consultor, e depois, com minha chegada, foram contratados comerciais para diversos pontos do Brasil, e um deles é o interior de São Paulo. Sabemos que o interior paulista é o segundo PIB do país, então não podemos ficar fora. Estamos finalizando a contratação de um executivo que será responsável pelo atendimento no interior de São Paulo, sabemos que lá a quantidade e a qualidade de corretores é muito expressiva”.
Ao final do SincorCast foi sorteada uma inscrição para o Conec 2025, cuja vencedora foi Marcia Aparecida Dias Nogueira, de Mogi das Cruzes.
Fonte: Sincor-SP