Sinistralidade em transportes: um problema recorrente
1 de abril de 2015A sinistralidade no ramo de transportes alcançou 65% em 2014, conforme dados da Susep. De acordo com o órgão regulador, foram registrados R$ 2,41 bilhões em prêmios e R$ 1,59 bilhões em sinistros.
O problema recorrente, que há anos caracteriza o segmento, é confirmado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo (Setcesp): em 2014 houve 8.510 casos de roubos de cargas, volume 6,92% superior ao observado em 2013, que teve 7.959 ocorrências.
A entidade sustenta que não há números consolidados em âmbito nacional, mas a estimativa é de que São Paulo pele menos a metade dos casos. A maior concentração das ocorrências acontece na região Norte da Grande São Paulo, área que concentra cerca de 5 mil transportadoras, com rápido acesso às rodovias Dutra, Ayrton Senna e Fernão Dias, além da proximidade com o aeroporto de Cumbica e Marginal Tietê, na capital.
O cenário de desafios é reforçado pelo alto valor do pacote de proteção que inclui seguros e gerenciamento de risco. É assim que, segundo estimativas da Associação Brasileira de Logística (Abralog), os custos de apólices e gestão dos riscos respondem por até 40% dos fretes. A entidade reforça que se trata do porcentual mais elevado entre as 30 maiores economias do mudo, enquanto nos Estados Unidos, por exemplo, o investimento exigido não ultrapassa os 10%.
Fonte: Comunicação Sincor-SP