Alexandre Camillo defende regulamentação do corretor de seguros em audiência no Senado
13 de fevereiro de 2020“Em hipótese alguma queremos combater qualquer possibilidade de geração de empregos no País. Todos nós queremos o desenvolvimento, mas não podemos esquecer que a diferença entre o remédio e o veneno é a dose”, disse o 2º vice-presidente da Fenacor e presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, durante audiência pública sobre a Medida Provisória 905/2019, realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, hoje (13/02), no Senado Federal, em Brasília.
Camillo defendeu a importância do corretor de seguros na geração de empregos e no atendimento ao consumidor. “Não podemos nos conformar que, por conta da incapacidade do Estado em cumprir com sua obrigação, seja dizimada uma categoria com mais de 100 mil profissionais e que emprega cerca de 500 mil pessoas”, enfatizou.
A audiência foi conduzida pelo senador Paulo Paim, que apoia a regulamentação da profissão de corretor de seguros, como também de outras categorias afetadas pela MP 905.
O vice-presidente do Instituto Brasileiro de Atuária (IBA), João Marcelo Carvalho, também defendeu a qualificação do atuário, responsável por calcular os prêmios de seguros. “Continuaremos na luta, porque o atuário também exerce um papel fundamental dentro do mercado de seguros. O registro profissional deve permanecer”.
A desregulamentação das profissões está sendo combatida por grande número de parlamentares. A senadora Zenaide Maia, declarou que o governo está indo longe demais com essas decisões. “Sou contra esta MP. Não vi um ponto favorável para ninguém, por isso, podem contar com o meu apoio”.
Camillo destacou os contrassensos da medida, isso porque o corretor de seguros é um empreendedor autônomo, que gera empregos dentro da formalidade, ou seja, contribui na proposta inicial da MP 905, que é a abertura de postos de trabalho para jovens. ” O nosso pleito maior é que a nossa lei volte a vigorar, que retornemos ao Sistema Nacional de Seguros Privados e que continue sendo estimulada a qualificação técnica na distribuição de seguros. Tirar todas essas situações fere o consumidor. A contratação do seguro não é como um produto que, ao ser entregue de maneira errada, você pode trocar. O seguro contratado garante uma situação improvável de acontecer, onde não é possível recorrer à troca no momento da indenização. O seguro precisa ser contratado corretamente no início e esse é o papel do corretor de seguros”, pronunciou Camillo.
A audiência pública teve como convidados Marco Antonio Arguelho Clemente, presidente do Sindicato dos Radialistas do Distrito Federal (SINRAD-DF), Raimundo Ronaldo Martins, vice-presidente da Associação Brasileira das Rádios Comunitárias (ABRAÇO BRASIL), João Marcelo Barros Leal Montenegro Carvalho, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Atuária (IBA) e representantes da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e do Sindicato dos Publicitários de Brasília.
Fonte: Comunicação Sincor-SP