Menos de 1% das empresas contrata seguro de riscos cibernéticos
1 de março de 2016Após ser apontado como um das maiores ameaças para empresas em 2016, o segmento de riscos cibernéticos ainda é pouco disseminado. De acordo com uma pesquisa realizada pela Aon, apenas 19% das empresas no mundo contratam o seguro, e, no Brasil, esse número cai para menos de 1%.
Para o gerente de produtos financeiros da empresa, Maurício Bandeira, a legislação dos países é a principal diferença entre o mercado americano e o brasileiro. “Quando ocorre um vazamento de informação de clientes, por exemplo, as companhias americanas são obrigadas a fazer um disclosure, isto é, comunicar a mídia e toda a sua base sobre o caso para que se tomem as providências necessárias”.
No Brasil, ainda não existe nenhuma legislação pertinente e falta interesse do mercado para investir nesse tipo de proteção. “Atualmente, as empresas acabam sendo responsáveis por avaliar os requisitos na contratação de um seguro específico. Mas, muitas vezes, não estão aptas para qualificar a descrição dos riscos, e não têm conhecimento do prejuízo que uma falha causaria”, explica.
Para Maurício Bandeira, o produto ainda não é visto como um investimento para a proteção de dados vitais, mas, ainda assim, dá sinais de mudança. “O mercado brasileiro está numa fase de conhecimento sobre esse seguro, pois mesmo multinacionais alocadas no País ainda conhecem pouco sobre o produto. Por isso, é necessário mostrar a quantificação dos riscos para que tenham real dimensão do problema no momento de tomada de decisão”, ressalta.
Fonte: Comunicação Sincor-SP