Os desafios da autorregulação da corretagem de seguros
26 de abril de 2016Trazendo o tema “Para onde caminha o seguro na América Latina?”, o XXVI Congresso Panamericano de Produtores de Seguros da Copaprose propôs uma reflexão sobre as perspectivas do mercado de seguros nos próximos anos, diante de um cenário econômico instável e de profundas mudanças na sociedade. Entre 20 e 22 de abril, o evento, que aconteceu no Rio de Janeiro, contou com a presença do presidente do Sincor-SP e vice-presidente da região Sudeste na Fenacor, Alexandre Camillo, que também participou como palestrante no painel que abordou a Autorregulação na Corretagem de Seguros.
Durante o painel, Camillo defendeu que a autorreguladora vem prezar pela qualidade da prestação de serviços e confiança do público. “Confiança é a palavra-chave do nosso setor, e, justamente por transmitir confiança, o corretor é um profissional que mesmo nos dias de hoje ainda consegue manter relação de longo prazo com o cliente”, disse.
Camillo lembrou que a função dos órgãos de supervisão também envolve promover a elevação do nível da capacitação dos profissionais e exercer o efetivo controle e sanção por não cumprimento de condições contratuais. “A autorreguladora deverá verificar que uma empresa, ao fazer sua propaganda, não fale mal de concorrentes ou outras linhas de negócios. Recentemente no Brasil tivermos empresas que julgaram que a venda de seguros poderia ser feita de maneira direta, com mais agilidade, e que para isso seria desnecessária a figura do intermediário”, afirma.
A autorreguladora colabora com o órgão regulador para a fiscalização, dando mais braços de atuação. “No Brasil, um País de dimensões continentais, com 80 mil corretores e proposta de expansão, sem dúvida a autorreguladora se faz necessária. É uma entidade auxiliar que cumpre ajudar o órgão supervisor a ter mais resultados principalmente na fiscalização preventiva, regulação mais dinâmica, e mais agilidade, que é o que esperamos em uma ação de correção”.
Reivindicando a volta do recadastramento dos corretores de seguros, Camillo ressaltou que esta é uma ação importante para atualizar os dados da categoria e checar regularidades. “Faz alguns anos que esse recadastramento não é praticado e era muito bem feito pelos Sincors de todo o Brasil. A proposta da autorregulação é um avanço, mas para se dar um passo adiante é necessário que a gente tenha etapas consolidadas”.
Fonte: Comunicação Sincor-SP