Reforma da previdência e o impacto no mercado de seguros
17 de abril de 2019Durante o tradicional almoço do Clube Vida em Grupo São Paulo (CVG-SP), o presidente do Conselho de Administração da Mongeral Aegon Seguros e Previdência, Nilton Molina, falou sobre a reforma da previdência e as oportunidades no segmento de pessoas.
“A principal consequência positiva para o nosso negócio da Reforma da Previdência é o processo de educação financeira, mostrando para os brasileiros que o Estado não vai poder cumprir com aquilo tudo que as pessoas imaginaram que ele pudesse cumprir. O grande objetivo é dar transparência para o sistema, diminuir os custos da empregabilidade no Brasil, o que levará a um aumento dos negócios de seguros de vida e previdência”, diz Molina.
Sobre a proposta de capitalização na previdência social, o executivo acredita que tal sistema viria após a regulamentação, mas considera que o Congresso Nacional a rejeite. “A capitalização viria apenas com um novo sistema de Previdência Social e somente após a regulamentação, que poderia adotar um viés privado, no qual o mercado de seguros seria um grande player, ou, então, um viés de governo, ou seja, obrigatória”, completa.
Molina explica que a proposta de reforma paramétrica, que aumenta a contribuição para 20 anos e eleva a idade mínima de aposentadoria para 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres), é simples e não afeta os mais pobres. “Mas, começará a valer somente daqui a dez anos”.
A reforma estruturante, apoiada pelo setor de seguros, cria um novo sistema baseado em quatro pilares, mas é voltado para os novos trabalhadores, nascidos a partir de 2005. “O regime tem foco na base da pirâmide, pois sugere àqueles que ganham mais de R$ 2.200 a pouparem para a aposentadoria, usando parte do FGTS. A gestão seria privada, com portabilidade e muita competição. Mas, este é o sistema que não conseguimos aprovar”, afirmou.
O presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, também participou do evento, lembrando a importância da reforma. “Crescemos achando que a Previdência Social jamais faltaria. Mas, nos esquecemos que cada um tem de fazer por si. A reforma tem de começar pela mudança de comportamento e atitude do povo brasileiro”, disse.
Fonte: Comunicação Sincor-SP, com informações do CVG-SP e Revista Cobertura