Telemedicina: um caminho sem volta
5 de agosto de 2020Tão aguardada por boa parte do setor de saúde, a telemedicina finalmente começou a ser utilizada no Brasil. No dia 23 de março, o Ministério da Saúde regulamentou atendimentos médicos a distância, no entanto, apenas durante a pandemia do novo coronavírus, como medida para evitar maior propagação do vírus.
A decisão, publicada no Diário Oficial da União, pela Portaria No 467, determina que todas as consultas sejam registradas em prontuário clínico, com indicação de data, hora, tecnologia utilizada, número do Conselho Regional Profissional do médico e unidade da federação. Atestados e receitas também podem ser emitidos por meio da certificação digital.
O neurocirurgião, chefe da equipe dos Hospitais Leforte Liberdade e Samaritano Paulista, e membro titular da Sociedade Brasileira de Neuro-cirurgia (SBN) e de diversas sociedades norte americanas, Rogério Aires, conta que a telemedicina já faz parte da sua rotina médica. “Através dela, consigo fazer consultas, prescrever medicação, solicitar exames e determinar se existe a necessidade de uma consulta presencial ou não. O paciente se sente acolhido e seguro”.
Aires destaca as vantagens do serviço, usando como exemplo o ganho das empresas para liberação de saída do colaborador para consultas médicas. “No modelo atual de atendimento, o paciente sai do trabalho, leva 40 minutos para ir ao consultório, fica 30 minutos na sala de espera, mais 40 minutos no atendimento e outros 40 minutos para voltar, o que acaba com a concentração e a produtividade. Com a telemedicina, o paciente avisa o empregador da teleconsulta, pede licença por 40 minutos e é atendido. Praticamente sem interferir na sua rotina”, reforça.
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Fonte: JCS – Edição 459 – Maio/Junho 2020